A Alternativa Chocante:“Quem é este?”


Quem é Jesus?
 A Alternativa Chocante
                                     “Quem é este?”

                                 (Mc 4. 41; Mc 2. 1-12; Lc 7: 49; Lc 4.32)

   No último artigo vimos Jesus perguntando para os discípulos quem eles pensavam que ele era. Afirmei que independente da resposta Jesus está disposto a ouvir. E te convidei a caminhar com Jesus pela Bíblia para conhecê-lo com detalhes. Entretanto, lado a lado com Jesus perguntamos: Quem é este? Conhecer Jesus mais de perto é uma experiência chocante, perplexa e ficamos boquiabertos! Algumas vezes nos Evangelhos essa experiência é observada quando o povo fica admirado, maravilhado, glorificam a Jesus e novamente pela expressão: “Quem é este?”. Releia a passagem da aula anterior (Mc 8.27-29) e veja que Jesus não fica admirado com a afirmação dos discípulos, mas eles ficam espantados com a revelação de quem Jesus é, porque “glória, se realmente for glória, leva-nos a ficar aterrorizados e sem palavras para descrever essa sensação”[1].

   Em Mc 4.35-41 (pegue sua Bíblia e leia, são 2 minutos) vemos um relato de uma forte tempestade sobre o barco onde os discípulos estão com medo de morrer e chamam Jesus que “está dormindo com a cabeça sobre um travesseiro” como se nada estivesse acontecendo! E aqui Jesus se mostra Rei da criação, ele “repreende o vento”, fala com o mar e há um completo sossego. Os discípulos ficam apavorados e perguntam entre si: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” Quando leio essa passagem imagino: “Que pessoa fala com o mar?” Talvez você conheça pessoas que para desestressar vão para o mar, praia, cachoeira e ficam falando sozinhas com o mar. Mas essa não é a intenção de Jesus, ele dá uma ordem para a tempestade e imediatamente ela cessa. E quando eu acho que estou pasmo diante do relato, Jesus também anda sobre o mar (Mt 14.22-33; Mc 6.45-51) e faz com que Pedro também ande e depois o socorre porque ele teve medo e duvidou. Nessa ocasião Jesus está fora do barco e o vento é forte, quando ele entra no barco o vento se acalmou e os discípulos ficaram “atônitos” (Mc 6.51). A glória de Cristo é declarada quando o vemos como autor da criação apontando a nossa mente para Gênesis 1; como disseram os discípulos: “Verdadeiramente és o Filho de Deus” (Mt 14.33).

   Em Lc 4.31-37 (novamente pegue sua Bíblia e leia, são 2 minutos!) na sinagoga tem um homem possesso de um espírito imundo, ele começa a revelar a identidade de Jesus que o repreende, expulsando o demônio. Novamente: “Todos ficaram admirados, e diziam uns aos outros: “Que palavra é esta? Até aos espíritos imundos ele dá ordens com autoridade e poder, e eles saem!” (v. 36). Note que a expressão: “Quem é este” mudou um pouco, mas o significado é semelhante, porque a palavra ordenada revela a autoridade de Jesus sobre o demônios. Em Lc 11.14-20 (pegue sua Bíblia e leia, são 2 minutos!) novamente Jesus expulsa um demônio, mas dessa vez ele é acusado de estar “com um espírito imundo” e não com o Espírito de Deus. Mas o texto diz: “Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes” (v.17). Novamente Jesus é criticado por curar uma mulher no sábado na sinagoga em Lc 13.10-17, mas ele responde e a reação do povo é de alegria pelo que Jesus está fazendo, mas os oponentes (mestres da lei e os chefes dos sacerdotes) de Jesus o querem matar por causa do seu ensino (Mc 11: 18).

    Agora vamos ler duas passagens: Mc 2. 1-12 e Lc 17.36-50. Leia o Evangelho de Marcos primeiro. Um paralítico é trazido por seus amigos até Jesus e ele o cura e diz: “os seus pecados estão perdoados”. Isso espantou os mestres da lei, leia devagar: “Estavam sentados ali alguns mestres da lei, raciocinando em seu íntimo: ‘Por que esse homem fala assim? Está blasfemando! Quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus?’” (v. 6, 7). Note a resposta de Jesus, lembrando que eles raciocinaram no seu íntimo, isto é, ninguém poderia saber. Mas Jesus disse: “Por que vocês estão remoendo essas coisas em seu coração?” (v. 8). Jesus revela o íntimo dos mestres da lei. E afirma sua identidade como Deus. Todos ficaram atônitos e disseram: “Nunca vimos nada igual!” (v. 12).

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1. Alister Mcgrath no livro Encarnação


Autor: Thiago Andrade
Revisão: Thalyta Priswa

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