Embriologia Bíblica


Uma análise científico/teológica sobre a vida que começa em Deus desenvolve-se por Ele e para Ele.

“Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos –
 Efésios 2:10.”

Por: Matheus Marques


“Somos criação de Deus.” Afirmação verdadeira, conclusiva por si e fundamentalmente bíblica. Atemporal e irrevogável apresenta em poucas palavras a essência de um amor que transcende o tempo e a história, o amor Paterno. O amor de “alguém” que nos pensou, nos criou, observou nosso desenvolvimento em cada nanodetalhes, acompanhou o crescimento, reservou os melhores propósitos para nossa vida e pode nos nutrir diariamente. Sim, esse alguém é Deus.
O Aba, o autor da vida, meu e seu autor. Sendo criação de Deus, automaticamente entendemos ou subentendemos que somos seus servos, fazendo parte de seus decretos. Analisando o texto acima, observamos que temos uma função, ou missão, como preferir.

Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro – 1ª João 4: 19. É interessante e constrangedor pensar que tamanho amor é de certa forma, incondicional da parte divina, nos restando apenas, devolver esse amor vivendo de tal maneira a diariamente alegrar o coração daquele que nos formou. Uma análise detalhada sobre a concepção e formação do ser humano, certamente abrirá seus olhos espirituais quanto à riqueza e complexidade da transformação de um zigoto em embrião e este em feto, ajudando-o a compreender a complexidade das afirmações: “Somos criação de Deus”, “Somos projeto de Deus”, “Temos uma missão”.

Porque eu bem sei os planos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor” - Jeremias 29:11.



O milagre do nascimento inicia-se quando cerca de 200 a 600 milhões de espermatozoides são lançados na cavidade externa da vagina, dando início a uma verdadeira saga em busca do ovócito secundário do ovário feminino para então, efetivamente iniciar-se o processo de fecundação embrionária. Desta quantidade lançada, apenas cerca de 200 espermatozoides alcançam o local da fecundação; a maioria dos outros milhares degradam-se no próprio ph ácido vaginal. Outro detalhe pequeno, porém muito relevante, é que existe um ovário do lado direito e outro ovário do lado esquerdo, na anatomia feminina e a ciência até o presente momento não conseguiu descobrir como o espermatozoide lançado na vagina sabe em qual dos dois lados está o óvulo a ser fecundado, cerca de 60 a 70% dos ejaculados migram para o hemisfério correto, descaracterizando o “acaso”. A ciência atribui esse fenômeno a uma possível “enzima” ou “substância” não descobertas por ela até então; eu, no entanto, prefiro atribuir isto à soberania divina. 



     Ao chegar finalmente ao óvulo, o espermatozoide que pode ter demorado até 7 horas no meio vaginal/uterino, depara-se com uma surpreendente organização no ovócito secundário. Ele é envolto por uma camada glicoproteica denominada de Zona Pelúcida e por cima desta uma camada celular em formato cuboide formando por justaposição uma verdadeira muralha denominada de Corona Radiata, para o sobrevivente espermatozoide conseguir degradar essas camadas e penetrar efetivamente no óvulo, ele carrega em sua região frontal enzimas altamente específicas como: Tirosina quinase, Hialuronidaze entre outros que são capazes e somente elas, de degradar a Corona Radiata. Espermatozoides animais não possuem estas enzimas especificas para degradá-las, logo a camada celular em formato cuboide funciona como uma verdadeira muralha colocada por Deus impedindo anormalidades de cruzamentos animais e humanos – já tentados em laboratório, como a exemplo dos experimentos assombrosos na segunda guerra mundial com os Judeus presos, por parte de alguns médicos Alemães nazistas. Com isso, chegamos a segunda grande afirmação: Óvulos humanos são fecundados por uma sequencia de eventos específicos, especializados e gradativos por e apenas espermatozoides humanos.



                          


“Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria”. - Salmos 90:12

Uma vez fecundado, o espermatozoide libera sua carga genética dentro do óvulo, ativando uma cascata de sinalizações intra e intercelulares, iônicas que juntas e em sequência alteram a conformação do zigoto, preparando-o para a implantação no endométrio feminino (útero). Essa sequencia altamente complexa de sinalizações transformam o zigoto (junção do material genético do próprio óvulo com o material genético liberado pelo espermatozoide) em mórula (divisões internas), blástula (pré requisito para a formação do blastocisto – futuramente formando o embrião), gástrula (pré requisito para a formação dos sistemas internos) e neurula (pré requisito para a formação de todo o Sistema Nervoso, incluindo o Autônomo, Simpático, Parassimpático e recém descrito Entérico).

Ao penetrar-se no endométrio, lacunas de sangue da mãe convergem para o entorno do implantado – a ciência também não comprova este fato, apenas sabe que ocorre, sem saber como. Essas lacunas de sangue materno contornando o blastocisto (embrião implantado) darão origem ao sistema cardiovascular embrionário, logo a terceira conclusão divina que chegamos é que o seu coração começa a bater, através da grande proporção do sangue de sua mãe. Isso é divino!!! Assim ocorre em nossa vida espiritual; uma vez transformados de dentro para fora com a introdução da “genética divina – Espírito Santo” e implantados no corpo de Cristo, o sangue de Jesus nos reveste, nos cobre, nos nutre e nos pulsa. A partir da total implantação do embrião, mudanças no corpo da mãe começam a ocorrer... O que será que acontecerá daqui para frente? Como esse embrião sobreviverá? Como a embriologia mostrará a perfeita ideia de Deus?
Aguarde!
Até a próxima!

 Fonte: Embriologia Clínica, Elsevier, 9ª Edição


Matheus Marques, 20 anos
É membro da Primeira Igreja Batista de Niterói 
Idealizador e coordenador do curso: Geração Samuel, curso em parceria do Ministério Infantil com o Ministério da Juventude, trabalha na transição da infância para a adolescência.
Acadêmico de Enfermagem – UFF
E escritor do Palavra Clara

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