Série: O culto cristão Parte-1

        Reforma do Culto


“Louvai ao Senhor. Ó minha alma, louva ao Senhor.
Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto eu for vivo.”
Salmos 146:1,2

Se você é uma pessoa que tem o hábito de observar a forma que as pessoas agem em alguns cultos de igrejas ditas “evangélicas”, você simplesmente já deve ter ficado assustado ou ficará. Os cultos destas igrejas são centrados em homens e em um materialismo absurdo. Não precisa sair da sua igreja e ir para tais comunidades eclesiásticas para ver que estas igrejas não estão tendo uma palavra genuinamente bíblica e muito menos seus cultos centrados em Cristo, basta passear pelos canais de televisão e você verá isso. É perceptível, para quem tem certo conhecimento das Sagradas Escrituras, que os líderes destas comunidades eclesiásticas estão praticando atos não bíblicos.

Hoje é comum pessoas afirmarem que cada um cultua do seu jeito. Já ouvi muito isso e acredito que você, caro leitor, também. É na verdade um jeito novo de usar a expressão popular “cada macaco no seu galho”, ou seja, que cada pessoa deve preocupar-se apenas com aquilo que lhe diz respeito. O apóstolo Paulo nos instrui assim: “Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.” (1 Tessalonicenses 5:11). Entretanto, essa orientação de Paulo não tem sido colocada adequadamente em prática. Observei que alguns debates cristãos culminam em brigas e acusações mútuas, onde os participantes acusam-se de hipócrita e afirmam que o outro acredita que só o culto de sua igreja é teologicamente correto. Precisamos ter cuidado para que nossas mentes não estejam em nós mesmos.

A maioria das igrejas evangélicas de hoje têm esquecido o propósito de sua existência. Algumas igrejas têm inserido em seus cultos elementos de outras religiões praticando, assim, o sincretismo religioso. David F. Wells[1] afirmou: “temos vivido um paraíso de tolos” por tentarmos usar ferramentas seculares para termos solo próspero, entregando-nos ao pragmatismo, e o resultado disto é o abandono da teologia ortodoxa e da herança evangélica.
Devido ao problema de usar ferramentas seculares dentro das igrejas evangélicas, cabe a reflexão na frase do facebook que diz:

Antes eu dizia: Procure a igreja mais próxima da sua casa. Hoje eu digo: Procure a igreja mais próxima da sua Bíblia.” (Autor desconhecido)

 É muito triste ver o estado que algumas igrejas e como elas se encontram. O reverendo James Boice afirma que antigamente os crentes eram comumente conhecidos pela sua teologia. Mas hoje são definidos crescentemente por seu estilo.[2] Dr. Boice chama atenção, que antigamente costumavam-se procurar pastores que conheciam a Bíblia. Hoje os cristãos procuram por ministros com habilidade de gerenciamento de recreação.

O que é culto a final de contas? culto é o ato de valorizar a Deus, atribuindo a verdadeira exaltação. A palavra “culto” deriva do Latim, cultu, e significa adoração ou homenagem a Deus.[3]  Etimologicamente, o termo latino cultu envolve a raiz colo, colere, que indica “honrar”, “cultivar”. Para isso precisamos de uma ortodoxia (opinião correta ou justa) e assim, ter a atitude de honrar Deus no culto e expressar boas concepções sobre Ele, ou seja, glorifica-lo e valoriza-lo.
O culto tem que ser totalmente centralizado em Deus. Se assim não for, não estamos cultuando o Rei dos reis. No culto vivificamos a consciência da santidade do nosso Deus, alimentamos nossa alma, purificamos nossa imaginação, abrimos nosso coração e comprometemos a vontade e propósito de Deus[4] em nossas vidas.


Por isso precisa-se reformar o culto em algumas igrejas. E como fazemos isso? Invocando o nome do Senhor, pedindo em oração auxilio dele mesmo, o Deus Soberano, para que possamos adorar em espírito, em verdade e tributarmos o culto que a Ele é devido. Rogando ao Deus Triúno que tire de nós todas as ideias erradas a respeito dele, vendo o seu maravilhoso amor em Jesus Cristo seu filho amado. Precisamos pedir que o Espírito Santo nos revele como agradar o Eterno para o louvor da sua glória. Que nossas confissões sejam carregadas de sinceridade e que possamos falar dos nossos pecados e sentir vergonha deles. E ouvir a exposição da palavra magnífica, contida nas Sagradas Escrituras, de onde tiraremos nossa ortodoxia sobre os atributos maravilhosos de Deus, assim, glorificar a Deus de modo correto. 
Amém

Soli Deo Gloria!

Por: Georgington Ribeiro
Revisão: Thalyta Priswa



[1] David Wells é professor de teologia sistemática e bíblica no Seminário Teológico Gordon- Conwell em Massachusetts.
[2] Boice, James- O Evangelho da Graça- Editora Cultura Cristã- São Paulo- p.29
[3] MULLER, Richard. Dictionary of Latin and Greek Theological Terms: Drawn Principally from the Protestant Scholastic Theology. Carlisle, United Kingdom: Paternoster Press, 1985, s. v. “cultus”.
[4] Wiliam Temple, The Hope of a New World, 30. citado por Donald P. Hustad Jubilate! Church Music in the Evangelical Tradition( Carol Stram, III.: Hope, 1981), 78.
Teologia Brasileira: http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=334

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