Religião e Política não se misturam, sério?
Muitas vezes tenho ouvido pessoas expondo suas
opiniões e, ás vezes, "celebridades" dizendo que religião e política não se
misturam e não confiar em ninguém que mistura essas coisas. Mas será que esse
pensamento é correto?
Os defensores dessa ideia esquecem que as pessoas
possuem religião e estas têm valores religiosos e podem pensar a política
através deles. Entretanto, para alguns mesclar religião e política não é
confiável.
A estratégia é colocar a visão religiosa como algo
extremamente de fórum íntimo e subjetivo do indivíduo. E em alguns discursos é
proferido que a religião não tem nada a ver com a esfera pública.
Geralmente estas afirmações são para dizer,
principalmente, para o cristianismo ficar de fora do debate público e não
colocar sua opinião sobre temas comuns a sociedade, privando o diálogo entre o
que pode ser benéfico para todos, visto que o cristianismo tem uma visão
bíblica sobre as esferas humanas.
A religião e a política são inseparáveis, mas não
sobrepõem uma a outra. Não acreditamos em uma Igreja-Estado, nem numa
interferência do Estado na esfera eclesiástica, mas o diálogo é possível. Afirmar
que religião e política não se misturam é assumir uma desinformação, como
também um pensamento utópico de neutralidade.
Olhando a história dos gregos e seus pensamentos, constataremos
que a influência era baseada no conhecimento sobre seus deuses. Esse conhecimento da qual chamamos de
mitologia grega não foi de maneira nenhuma desassociada do pensamento
filosófico. Em uma passagem rápida nos escritos de Platão encontramos a
expressão: “por Zeus Sócrates!” Será que isso nos alerta que o pensamento filosófico não
fez uma ruptura radical com o pensamento mitológico grego? Podemos dizer que
não. O que constatamos que o ser humano sempre foi religioso.
Sendo assim, o cristão não pode ser constrangido por
estar professando sua fé e colocar a sua percepção de como a sociedade deve se
organizar segundo parâmetros bíblicos. Manifestar a visão cristã na vida
pública é evitar alguns equívocos com relação a práticas erradas que perante
uns estão respaldadas pela bíblia, quando na verdade não está, por exemplo,
corrupção entre outras. A informação é sempre um compromisso cristão e não uma
imposição. No atual cenário político a denúncia cristã é válida, lembrando que
no profetismo bíblico tal denúncia era mais dentro de Israel do que fora.
As leis que são votadas para serem promulgadas
interferem na vida tanto dos cristãos quanto de não cristãos e essas leis são
baseadas em uma moral. Assim, toda lei decretada por uma votação tem
pressupostos religiosos. O cristão sempre tem algo a falar sobre Direitos
Humanos, cuidado com os vulneráveis e etc. A consciência do Estado, sendo um
dever do cristão, é a função dada por Deus para ele (o Estado) não tomar o
lugar de Deus.
Influência
do cristianismo na sociedade Ocidental
Alguns desconhecendo a influência do cristianismo nos
ramos como: ciência, tecnologia, economia e política; fazem críticas do que não
sabem. Estes indivíduos acreditam que o cristianismo só pensa no mundo espiritual,
erro primário e de informação.
O cristianismo foi responsável pela abolição do
tráfico negreiro, com o cristão e político britânico Willian Wilberforce,
labutando em um grupo de pessoas ricas em um elegante bairro de Londres, por
uma reforma social, liderados por um humilde ministro anglicano, Henry Venn.
Também o cristianismo teve participação fundamental na construção da Declaração
Universal dos Direitos Humanos.
Como assim religião e política não se misturam? Se
há um calendário de sete dias é uma influência judaico-cristã, a contagem dos
anos como 2016 também não faria sentido se não fosse tal influência. As maiores
universidades, que muitos antirreligiosos querem cursar como: Harvard,
Princeton, Yale e a Universidade Livre de Amsterdam foram fundadas por cristão
Reformados. Sem contar Hospitais e orfanatos fundados por outros ramos do
cristianismo.
A educação política do cristão pode mudar a
sociedade e trazer benefícios para toda sociedade, por isso devemos estudar,
buscar informação para melhor contribuir com uma administração pública.
Contudo, o cristão não deve ser seduzido em tomar o poder para dominar a
sociedade somente por ganância, porque sabemos que o homem é afetado pelo
pecado. Não ter devoções políticas e acreditar em salvadores da pátria ou algum
tipo de messias, que não seja o único Cristo Jesus deve ser o viés cristão.
Se olharmos para os primeiros cristãos eles eram
martirizados por não adorarem o imperador, porque entendiam que na frase: Jesus
Cristo é o SENHOR, tem implicações também políticas. Que possamos entender que
nosso cristianismo é maiúsculo.
Por: Georgington de Souza
Paz
Referência
Servos de Deus- Franklin Ferreira, Editora Fiel
https://www.youtube.com/watch?v=3r0PJ7ru2XM
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